Um café de origem é único e só será realmente considerado “de origem” se for desenvolvido dentro de um contexto de procedência identificada, geralmente relacionado a uma região geográfica, destacando as características únicas do local onde foi cultivado, como clima, solo, altitude e métodos de cultivo. Esses fatores, conhecidos como terroir, influenciam diretamente no sabor e aroma do café, tornando cada lote distinto.
O conceito de café especial segue, de certa forma, a mesma trilha do vinho. O trabalho de melhoria de qualidade no vinho já vem de muitos anos. Baseado em variedades, região de produção, blend e processo de produção, tanto o vinho quanto o café vem fazendo caminhos parecidos.
O Terroir: A Influência do Clima, Solo e Altitude na Qualidade do Café de Origem
Na sua origem, a palavra “terroir” significa solo. O termo foi adotado na produção de alimentos para traduzir o conjunto de características especiais que a geografia, a geologia e o clima de um determinado lugar, interagindo com a genética da planta, expressa em forma de sabor e aroma do café.
Pelas condições acima, a região do sul de Minas é considerada a mais importante na produção de cafés finos do mundo. Veja os principais fatores de influência:
- Clima: precipitações suficientes no período das chuvas, que propiciam uma boa formação dos grãos de café. Inverno seco, que nos permite fazer uma colheita segura, rápida e livre de fermentações indesejáveis nos grãos de café, em todo o processo de pós colheita.
- Solo: Solos férteis associados a um índice pluviométrico adequado resultam numa boa formação dos grãos. Um grão bem formado possui todos os elementos necessários para obtenção de um café de alta qualidade.
- Altitude: Altitudes entre 900m e 1.200m proporcionam qualidade ao café. Nesta faixa de altitude, o diferencial térmico (diferença entre a mínima da noite e a máxima do dia) é o ideal para o café. Este diferencial aumenta os sólidos solúveis do fruto, que são os responsáveis pela doçura, aroma, acidez, sabor e corpo na bebida. Agregado a tudo isso, algumas variedades possuem maior potencial para produzir uma bebida com características únicas.
Um café de origem é único pelas combinações acima. Nunca pode ser replicado “fora de sua origem”.
No paladar, cafés de origem oferecem uma experiência singular. Por exemplo, um café cultivado nas montanhas da Etiópia pode apresentar notas frutadas e florais, enquanto um café da região do Sul de Minas, no Brasil, pode ter sabores mais achocolatados e aveludados. Essas variações tornam os cafés de origem populares entre os apreciadores e especialistas, que buscam explorar as diferentes nuances que cada local pode oferecer.
Por fim, a valorização dos cafés de origem também beneficia os produtores. Ao colocar o nome da fazenda ou região em destaque, esses cafés reconhecem o trabalho árduo e dedicação dos produtores e promovem práticas de comércio justo. Assim, o consumidor não apenas aprecia uma bebida de alta qualidade, mas também contribui para uma cadeia produtiva mais ética e sustentável.
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